Está tudo um caos aqui dentro. Um coração em descompasso, um sorriso bobo estampado e a vontade constante de chorar. “Se minha voz tivesse força igual a imensa dor que sinto meu grito acordaria a vizinhança inteira”. Mas preciso ser forte, ou ao menos fingir ser, só não sei por quanto tempo vou aguentar!
Com os temores que nascem do meu cansaço e da minha solidão meus passos descompassam e não transpassam as barreiras. Há tempos não me reconheço, apenas amanheço e olho para o começo sem esperança de um final...
Assim, sigo sem ir em frente, buscando ao menos ser coerente, com minhas palavras diferentes tentando enganar a multidão usando apenas uma mascaras transparente...
Tento sublimar o que há de bom em mim, mas esqueci como era a vida antes do mundo cair sobre minhas costas. E depois de todo esse tempo eu deveria ter me curado, mas não me curei. Ainda espero o dia em que se descortinem meus olhos e eu consiga enxergar além do que me convém.
Minha cabeça está girando, e eu não consigo me decifrar. Eu estou fora de mim. É que minhas perfeitas imperfeições me fizeram crer numa outra realidade. Ou será outra ilusão? Tenho apenas perguntas, as respostas ainda não vieram me visitar...
Caminho no olho do furacão, sinto seu ímpeto, mas nunca entendi o que ele tem dentro de si. Me mantenho preso a ele e ele do lado de dentro de mim. Há um descontrole interno, mas há momentos em que tudo o que eu quero é que esse turbilhão se externe e que fuja de mim essa intensidade resultado de meus desencontros pessoais...
Agora já não tenho medo das minhas confusões e nem sei mais se quero minha paz, pois descobri que é necessário ter caos aqui dentro para gerar uma estrela.
Parece a descrição de quem está em depressão!
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