É tarde da noite e ela senta-se sozinha na cozinha. Em uma de suas mãos uma xícara de café, na outra seu celular, companheiro inseparável, onde ela busca nas redes socais encontrar alguma realidade na qual ela se encaixe. Entre uma curtida e outra o desejo de ser notada, mas ninguém nota que por trás do sorriso da foto há um coração que chora...
Ela deita pra dormir, mas o sono não vem. A cafeína lhe roubou o sono. E sem falsas bagagens em sua mente ela começa a revisitar lugares...
Chama de drama, dizem que é exagero, mas ninguém enxerga suas lutas diárias, o esforço sobre humano para atividades corriqueiras. Nenhuma pessoa vê os monstros internos que ela precisa enfrentar. Tudo que ela criou pra si transformou-se em angustia.
Do outro lado da parede ela consegue ouvir o riso despreocupado de alguém que não nota suas lágrimas. Que é indiferente as suas dores... Às vezes é melhor a aflição que machuca que o perdão que engana.
É, a vida segue seu rumo e muitos dos que estão ao lado dela neste momento deveriam estar em outro lugar. O vento continua a soprar e não importa se o que ela sente é frio. O vento não vai cessar...
Sua felicidade foi roubada, mas ela sabe que por mais dura que seja a realidade, uma hora ela precisará abrir os olhos pra fugir um pouco das fantasias criadas e que não importa o que os outros acham, pois quando a dor chegou só ela sentiu Quem sabe assim ela perceba que, às vezes, os dragões são apenas moinhos de vento...
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