Fechei-me em um espaço vazio, acrescentei algumas cores, alguns sons e dei início a minha viagem em vagas lembranças. Em meu baú de poesias tantas confissões não ditas, tantas palavras perdidas em papeis amarelados pelo tempo. Busquei calar algumas vozes e resolver alguns conflitos internos. Não procurava nada, mas encontrei dias de sol e um eu mais perfeito. Sei que ainda trago essa luz amorosa, mas outras vezes sou densa escuridão. Sou sonho solto ao vento que faz uma vida ter sentido, mas que se perde no firmamento. Sou desejo incontido e sentimento inconfessado...
Carrego a luz das estrelas, mas também longos dias de tristeza...
Sou uma brisa que passará brevemente por sua vida e deixará apenas a lembrança suave do que te fiz sentir...
E mesmo afirmando o que sou contraditoriamente vez por outras me pergunto quem sou e ainda não sei responder por não querer me dar o limite das palavras. Desculpa! Também sou incoerente quem sabe por isso às vezes admiro quem fui. Mas já não sei ser. Agora sou apenas um novo eu que pouco aprendeu com quem era carregando as rugas que o medo deixou...
São 3:30 da madrugada de um sábado qualquer, não há nenhuma pessoa pra me ouvir. Senti vontade de ser abraçado, mas encobri tal vontade na certeza de não ter ninguém disposto a doar a afetividade do seu corpo... Ouço uma voz chamar meu nome, mas sei que é apenas um convite a um mundo de ilusões...
Então as cortinas cerraram-se e as auras da noite, acariciando o seio das flores, cantam o hino misterioso do santo amor. A vida continuará se movimentando sem mim... enquanto a vida vai passando também procuro perder o medo de encontrar o amor!
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