Sou convidado diariamente a recolher os frutos que alcanço por consequência do meu plantio, mas nem sempre esta colheita me satisfaz! Às vezes o sol não faz secar as lágrimas da noite passada...
Isso porque no canteiro da vida, por vezes, permito que outras pessoas lancem suas sementes, deixando de levar em consideração que a colheita é algo pessoal. Sou eu que irei ter que podar cada planta desse meu canteiro. Eu tenho que ter a responsabilidade de retirar as plantas indesejadas... É só recordar dos momentos em que estava desperdiçando todo o tempo numa situação errada num choro inútil. É só lembra dos dias que ficaram estranhos e das vezes em que estendi as mãos fechadas num ato de indiferença, ou dos momentos em que o corpo estava no agora, mas a mente vagava entre o ontem e o amanhã...
Velejando por mares sinceros encontro as mentiras que hoje não fazem mais sentido pra mim, me perco em minha solidão, dou vazão a sentimentos passados, enlouqueço momentaneamente por quem não está ao meu lado. Fecho os olhos e peço em oração que se desfaça cada desejo incontrolado e que os embaraços sejam passageiros...
Em meio a tantas lembranças e viagens em pensamentos é bom lembrar que toda plantação depende de fatores externos também. O cuidado de quem planta deve ser maior quando se passa por períodos de longas chuvas ou de estiagem, como diz a canção “ ser amado em excesso faz tão mal quanto não ser”...
Há um tempo certo pra colher e pra cada dia seu empenho, mas se não souber cuidar do que plantei pode ser que não haja colheita.
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